Variedade Linguística
Brasil, Angola, Cabo Verde e Moçambique. Estes são apenas alguns países que falam português, pois todos foram colonizados pelo povo de Portugal. Porém, embora a língua seja a mesma, existem diferenças e isso é natural. Diversos fatores podem tornar a língua diferente e criar variações, como os povos nativos, os países de fronteira, os meios de comunicação, a passagem do tempo, os elementos naturais presentes e outros.
Isso não ocorre apenas em falantes de países diferentes mesmo dentro do território brasileiro podemos perceber variedades linguísticas motivadas por fatores diversos: as várias regiões, áreas urbanas e rurais, idade do falante, classe social (mais ricos e mais pobres) escolaridade e situações para empregar a língua que exigem maior ou menor formalidade.
Veja outras variações:
* Regional (nordeste do Brasil):
-Tô aperreado, mainha! Não acho essa carteira!
* Informal (coloquial, do dia a dia):
- Fala, Pedro! Tudo tranquilo?
* Formal (culta, dentro das regras - no ambiente de trabalho):
- Bom dia, sente-se por favor. Explicarei como funciona a estrutura da empresa.
* Formal (correspondência de trabalho):
"Caro Sr. Nelson,
Envio-lhe o documento conforme acordado."
* Informal (intimidade):
- Oi amor, desculpe o atraso. Chegou um cara quando eu já tava saindo.
* Diacrônica (passagem do tempo):
Uso de gírias como levar um cano, tipo assim, fala sério, caraca, falsiane, sextou, partiu e palavras incorporadas de outras línguas pelas novas gerações, que não eram usadas alguns anos atrás, os chamados estrangeirismos: brother, mouse, deletar, crush, spoiler.
Parte 2
Devemos aprender a adaptar nossa linguagem a cada situação quando conhecemos os mecanismos da língua, saber quando podemos ou não usar gírias ou usar linguagem informal.
Sem esquecer que a linguagem também varia de acordo com as classes sociais, entre pessoas que estudaram mais, que vem de um ambiente mais culto, que leem mais ou menos. Sabendo isso, é importante não ter preconceito nem usar o conhecimento para discriminar quem fala diferente.
Exemplo: um médico quando usa muita linguagem técnica do ambiente acadêmico e científico pode prejudicar o entendimento do paciente. Ele deve se fazer entender, usar uma linguagem que o paciente entenda, para saber como proceder no tratamento.
Imagine a cena:
-De acordo com o laudo, você está com um processo inflamatório de necrose subcutânea.
-Cumé quié, dotô?
- Não se preocupe, é só um furúnculo.

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